Quase lá: Julian Assange deixa prisão em Londres após mais de cinco anos e vai para a Austrália, diz WikiLeaks

Ativista teria aceitado acordo para se declarar culpado de revelar segredos militares

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |


Manifestante com cartaz de Julian Assange em frente ao Supremo Tribunal da Grã-Bretanha, no centro de Londres, na terça-feira 20 de fevereiro - Daniel Leal / AFP

 

O jornalista australiano Julian Assange foi liberado da prisão de segurança máxima onde estava detido há mais de cinco anos na capital do Reino Unido, Londres, nesta segunda-feira (24), e embarcou rumo ao seu país natal. A informação é do site WikiLeaks, do qual Assange é dono.

A agência de notícias AFP afirma que Assange concordou em se declarar culpado em um tribunal dos Estados Unidos por revelar segredos militares, em troca da sua liberdade. O acordo encerraria assim um longo drama legal.

A AFP diz ainda que Assange comparecerá a um tribunal das Ilhas Marianas do Norte, um território estadunidense no Pacífico. Segundo o acordo, ele se declarará culpado de conspiração para obter e disseminar informações de defesa nacional. Assange se opôs a ser extraditado para território estadunidense, onde sua defesa temia que ele pudesse ser condenado até à morte.

As Ilhas Marianas são um território do país no Pacífico, mais próximas  da Austrália do que do continente americano. Segundo o jornal New York Times, ele comparecerá à corte da cidade de Saipan na manhã da quarta-feira (26), rumando depois, novamente a seu país natal.

Em suas redes sociais, o WikiLeaks comemorou. Veja abaixo a tradução do post publicado no X:

Julian Assange está livre. Ele deixou a prisão de segurança máxima de Belmarsh na manhã de 24 de junho, depois de ter passado 1.901 dias lá. Ele recebeu fiança do Supremo Tribunal de Londres e foi libertado no aeroporto de Stanstead durante a tarde, onde embarcou em um avião e partiu do Reino Unido.

Este é o resultado de uma campanha global que abrangeu organizadores de base, defensores da liberdade de imprensa, legisladores e líderes de todo o espectro político, até às Nações Unidas. Isto criou espaço para um longo período de negociações com o Departamento de Justiça dos EUA, conduzindo a um acordo que ainda não foi formalmente finalizado. Forneceremos mais informações o mais breve possível.

Depois de mais de cinco anos numa cela de 2x3 metros, isolado 23 horas por dia, ele em breve se reunirá com sua esposa Stella Assange e seus filhos, que só conheceram o pai atrás das grades.

O WikiLeaks publicou histórias inovadoras sobre corrupção governamental e violações dos direitos humanos, responsabilizando os poderosos pelas suas ações. Como editor-chefe, Julian pagou caro por esses princípios e pelo direito do povo de saber.

Ao regressar à Austrália, agradecemos a todos os que estiveram ao nosso lado, lutaram por nós e permaneceram totalmente empenhados na luta pela sua liberdade.

O fundador do WikiLeaks foi detido pela polícia britânica em 2019 e está preso na penitenciária de segurança máxima Belmarsh, em Londres. Antes, havia passado sete anos confinado na embaixada do Equador em Londres, onde buscou refúgio para evitar a extradição por acusações de agressão sexual na Suécia, que mais tarde foram retiradas. O jornalista despertou a ira dos EUA por divulgar um grande número de documentos que provavam crimes cometidos por militares do país em suas campanhas no Iraque e no Afeganistão, na chamada "guerra contra o terror".

Edição: Rodrigo Durão Coelho

fonte: https://www.brasildefato.com.br/2024/06/24/jullian-assange-deixa-prisao-em-londres-apos-mais-de-cinco-anos-e-vai-para-a-australia-diz-wikileaks

 

'Julian não estará seguro até pousar na Austrália', diz esposa de Assange

Stella Assange pede 'olhares atentos' ao voo que leva ativista para tribunal em território dos EUA no Pacífico

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

A informação de sua liberdade foi publicada pelo WikiLeaks, do qual Assange é dono - Reprodução/Twitter/WikiLeaks

 

A esposa do jornalista e ativista Julian Assange, Stella Assange, manifestou preocupação com a viagem de seu marido do Reino Unido até as Ilhas Marianas do Norte, um território dos Estados Unidos, entre esta segunda e terça-feira (25).  

Julian foi liberado na segunda-feira (24) da prisão de segurança máxima, onde estava detido há mais de cinco anos na capital do Reino Unido, em Londres, e embarcou rumo ao local onde ocorrerá a audiência. Em seguida, o jornalista deve ser liberado ao seu país de origem, a Austrália.

“Precisamos de todos os olhares atentos ao voo dele caso algo dê errado”, escreveu Stella em seu perfil no X. “Julian não estará seguro até pousar na Austrália. Por favor, continuem acompanhando o voo dele.”  

 

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As Ilhas Marianas são um território do país no Pacífico, mais próximas da Austrália do que do continente americano. Segundo o jornal New York Times, ele comparecerá à corte da cidade de Saipan, na manhã da quarta-feira (26), onde o acordo será formalizado, seguindo depois para o seu país natal. De acordo com a agência de notícias AFP, o ativista concordou em se declarar culpado por revelar segredos militares.

Após declarar-se culpado, espera-se que Assange seja sentenciado a 62 meses de prisão. O tempo, porém, é inferior aos 5 anos que o ativista já cumpriu, resultando assim em sua liberdade após a audiência.

A informação de sua liberdade foi publicada pelo WikiLeaks, do qual Assange é dono e por onde publicou informações de crimes cometidos por militares dos Estados Unidos em campanhas no Iraque e no Afeganistão, na chamada "guerra contra o terror". 

Também à AFP, Stella Assange afirmou que “o importante aqui é que o acordo envolve um tempo de prisão cumprido que, se ele assinasse, poderia sair livre".  

Agora, disse a esposa, a prioridade é que Julian recupere sua saúde. “Ele está em péssimo estado há cinco anos e deseja ter contato com a natureza. É isso que ambos queremos agora, ter tempo e privacidade, e simplesmente começar este novo capítulo", concluiu Stella. 

Segundo o WikiLeaks, a liberdade de Julian Assange é “o resultado de uma campanha global que abrangeu organizadores de base, defensores da liberdade de imprensa, legisladores e líderes de todo o espectro político, até às Nações Unidas”. 

“O WikiLeaks publicou histórias inéditas sobre corrupção governamental e violações dos direitos humanos, responsabilizando os poderosos pelas suas ações. Como editor-chefe, Julian pagou caro por esses princípios e pelo direito do povo de saber”, publicou o site. 

“Ao regressar à Austrália, agradecemos a todos os que estiveram ao nosso lado, lutaram por nós e permaneceram totalmente empenhados na luta pela sua liberdade. A liberdade de Julian é a nossa liberdade.” 

Edição: Nathallia Fonseca

 
 

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