Realizado em formato híbrido, um dos objetivos do evento é propor forma de decolonizar a saúde materno-infantil assegurando a vida não só das gestantes, como também dos recém-nascidos; evento ocorre neste dia 8 de novembro
Fotomontagem com imagens de Chidiebere Ibe/Wikimedia Commons e Freepik por Jornal da USP
No dia 8 de novembro de 2022, a partir das 8h30, ocorrerá na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP o seminário Disparidades raciais (in)visíveis aos sistemas de informação: da gestação ao primeiro ano de vida e a oficina Como visualizar as questões étnico-raciais em saúde materno-infantil?
O evento será realizado na Sala Paula Souza da faculdade e haverá transmissão ao vivo pelo Canal da FSP no Youtube. As atividades têm o apoio da Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação (PRPI) da USP e integram o projeto de pesquisa Tornar as intervenções no parto mais visíveis por meio dos sistemas de informação – Parto dos Dados, com financiamento do CNPq e da Fundação Bill e Melinda Gates, instituição sem fins lucrativos que financia pesquisas em diversas áreas do conhecimento juntamente com o CNPq e o Ministério da Saúde.
O objetivo do evento é promover o intercâmbio entre pesquisadores de diferentes instituições e aprofundar o debate na produção e análise de dados epidemiológicos em uma perspectiva interseccional. A proposta, de acordo com os organizadores, é decolonizar a saúde e propor possíveis caminhos para superar a branquitude presente nos ensinos de ginecologia e obstetrícia, e o racismo ali presente.
Programação
O evento contará com a participação de professores da USP e de outras instituições, sendo elas a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Além disso, também estarão presentes alguns coletivos, como o coletivo negro da FSP, o coletivo Carolina Maria de Jesus e a coletiva Mãe na Roda. Representantes da Coordenadoria Geral de Informações e Análises Epidemiológicas do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo também estarão presentes.
Os convidados irão debater juntamente com os participantes a experiência do parto das mulheres negras e os desafios em ser doula nas periferias, o impacto do racismo na saúde e os resultados dos dados do Observatório Obstétrico Brasileiro (OOBr), plataforma interativa de monitoramento que analisa dados públicos na área da saúde materno-infantil, com recortes estaduais e municipais.
Em seguida, haverá uma oficina a partir das 14 horas, na qual os participantes poderão elucidar possíveis dúvidas a partir de um dashboard apresentado pelo Parto dos Dados, projeto de pesquisa da FSP.
Saiba mais:
Com informações da Assessoria de Comunicação da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP