Márcia Lopes citou desafios da pasta em primeira entrevista

 

Pedro Rafael Vilela – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 05/05/2025 - 15:58
Brasília
Brasília (DF), 05/05/2025 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante nomeação e posse de Márcia Helena Carvalho Lopes como Ministra de Estado das Mulheres, realizado no Palácio do Planalto. Foto: Ricardo Stuckert/PR
© Ricardo Stuckert/PR

A nova ministra das Mulheres, Márcia Lopes, que assumiu o cargo nesta segunda-feira (5), no lugar de Cida Gonçalves, afirmou que a pasta pretende ampliar a escuta dessa população no país e revelou a missão que recebeu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao convidá-la para o posto.

"Foi uma boa conversa com o presidente. Ele disse que quer ver as mulheres mais contentes, mais protegidas, que ele quer ver as mulheres em cada um dos 5.572 municípios desse país, que elas se sintam respeitadas, acolhidas, ouvidas, escutadas", afirmou a assistente social, que volta a ocupar um cargo no primeiro escalão do governo petista. 

A declaração foi feita ao lado da agora ex-ministra Cida Gonçalves, na sede do ministério, em Brasília, antes delas se reunirem para trabalhar na transição de comando.

Márcia Lopes lembrou que este será um ano importante, pois a pasta organizará a 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, prevista para ocorrer entre 16 e 19 de setembro.

"Queremos conferências em todos os municípios brasileiros, nos estados, e a grande conferência nacional. Esse é o momento da gente se olhar cara a cara e dizer: o que você está precisando, mulher? O que vocês, mulheres, querem desse país? Vivemos em um mundo de grande complexidades, do ponto de vista emocional, psicológico, das inseguranças todas", observou.

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Ainda segundo Márcia Lopes, o Ministério das Mulheres não executa diretamente as políticas setoriais, que dependem da ação de diversas outras pastas, como Saúde, Educação, Trabalho e Emprego, entre outras, e prometeu amplo diálogo interministerial e também com os demais entes federativos, como estados e municípios.

De saída da pasta, Cida Gonçalves negou que qualquer problema interno tenha impactado sua demissão, e falou em necessidade de novos rumos.

"Na verdade, precisamos de um momento em que é preciso renovar algumas coisas, isso é importante. Eu tenho mais o perfil gestora, quero voltar para o campo de onde eu venho. É uma construção minha e do presidente, com muita tranquilidade. Vou voltar para o lugar de onde eu vim, que é o movimento de mulheres. É uma troca em que precisamos de energia nova, espaços novos e eu também preciso voltar para o espaço de onde eu vim", afirmou.

Esta é a 12ª mudança ministerial do governo Lula desde o início do terceiro mandato. Na última sexta-feira (2), o presidente já havia trocado o comando do Ministério da Previdência, em meio a investigação de fraude no pagamento de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

 

Lula demite Cida Gonçalves e dá posse a Márcia Lopes

Além da “falta de entrega”, pesam contra Cida denúncias de assédio moral e racismo feitas por servidores do Ministério das Mulheres

 

Cida Gonçalves tem sido alvo frequente de críticas, inclusive de nomes dentro do próprio PT. Na avaliação de petistas, a ministra não tem feito entregas dentro do governo Lula, apesar de a pasta ter sido afetada com cortes no orçamento. Além disso, pesam contra Cida denúncias de assédio moral e racismo feitas por servidores do ministério.

Na última sexta-feira (2/5), a então ministra se reuniu com Lula, no Palácio do Planalto, em um encontro no qual ficou acertada sua saída. A exoneração de Cida e a nomeação de Márcia Lopes devem ser publicadas no Diário Oficial da União (DOU) ainda nesta segunda.

Quem é Cida Gonçalves

Natural de Clementina, no interior de São Paulo, Aparecida Gonçalves é especialista em gênero e em enfrentamento à violência contra mulheres.

Apesar de ser de São Paulo, Cida construiu carreira política em Mato Grosso do Sul, onde foi coordenadora de movimentos populares de mulheres. Ela também coordenou o processo de articulação e fundação da Central dos Movimentos Populares no Brasil.

Márcia Lopes

Formada em serviço social, a nova ministra é professora aposentada da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Foi secretária-executiva do Ministério do Desenvolvimento Social durante os primeiros mandatos de Lula e, em 2010, na gestão Dilma Rousseff (PT), assumiu a titularidade da pasta.

Ex-vereadora de Londrina, Márcia Lopes concorreu à prefeitura da cidade em 2012 e, nesse pleito, ficou em terceiro lugar. Em 2022, fez parte da equipe de transição do governo Lula na área de assistência social.

fonte: https://www.metropoles.com/brasil/lula-oficializa-saida-de-cida-goncalves-e-da-posse-a-marcia-lopes

 


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