racismo é um pecado que contraria a ética cristã e a Bíblia, palavra que afirma a dignidade de todas as criaturas como imagem e semelhança de Deus. É inaceitável, para a Igreja e pelas leis brasileiras, qualquer acepção de pessoas, um crime que deve ser denunciado.

A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista. 

capa racismo preconceito discriminacaoO indicativo está registrado no Caderno de Estudos “Racismo, Discriminação e Preconceito, Qual a Diferença?” elaborado pela Secretaria de Ação Comunitária – Coordenação de Gênero, Gerações e Etnias, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB).

racismo, lembra o filósofo, historiador e professor universitário Achille Mbembe, é uma ideia religiosa que, no período da colonização, justificava o suposto direito que os povos europeus tinham de escravizar povos africanos e indígenas.

Mais tarde, quando as justificativas religiosas não conseguiram mais dar sustentação à escravização dos assim chamados povos de “cor”, o racismo buscou socorro na ciência “como instrumento que classifica os seres humanos em raças ‘superiores e inferiores’”.

“O racismo que conhecemos no Brasil – escreve no Caderno de Estudos da IECLB o professor da Universidade do Estado da Bahia, Dr. Pedro Acosta Levya, - é basicamente um conjunto de representações e práticas de dominação criado pela elite, pequeno grupo de pessoas de pele clara, para tirar proveitos econômicos, sociais e políticos utilizando a cor e outras características físicas como motivo para declarar-se superiores aos outros grupos étnicos e usufruir de privilégios”.

O problema da discriminação racial no Brasil, denuncia Levya, é que a exclusão das pessoas negras se tornou naturalizada. “É uma rejeição consciente e inconsciente que por séculos vem sendo praticada, inclusive sustentada pela lei no passado colonial”.

Caderno de Estudos destaca a diferença entre racismo, discriminação e preconceito. Já em agosto de 1920, informa o texto, o racismo era denunciado em numa “Declaração dos Direitos dos Povos Negros do Mundo”.

Levya enfatiza que ao se rejeitar, excluir ou favorecer uma pessoa ou grupo por sua religião, filosofia de vida ou características físicas, “se está perante uma discriminação”.

Já o preconceito, explica, “é um prejulgamento sobre algo ou alguém antes mesmo de analisar, avaliar ou conhecer” a situação. O contexto cultural e social brasileiro, alerta o professor, “condiciona as pessoas a pensarem negativamente em relação à população indígena e negra”.

Daí a importância de refletir na Igreja sobre racismodiscriminação e preconceito. Deus chama e vocaciona a Igreja para ser expressão do seu amor no mundo. E pela fé em Jesus Cristo, atesta o apóstolo Paulo (em Gálatas 3,28), “não pode haver desigualdades entre judeus e não judeus [entias], escravos e pessoas livres [classe social], homens e mulheres [gênero] porque somos um só corpo”.

Caderno de Estudos traz uma série de atividades educacionais dirigidas a crianças, a adolescentes, a jovens e a adultos sobre racismodiscriminação e preconceito para serem aplicados nas comunidades e grupos de estudo.

Leia mais

fonte: https://www.ihu.unisinos.br/624226-caderno-de-estudo-mostra-a-amplidao-do-racismo-na-sociedade-brasileira


Receba Notícias

logo ulf4

Aborto Legal

aborto legal capa

Direitos Sexuais e Reprodutivos

logo ulf4

Cfemea Perfil Parlamentar

Cfemea Perfil Parlamentar

logo ulf4

Tecelãs do Cuidado - Cfemea 2021

Violência contra as mulheres em dados

Rita de Cássia Leal Fonseca dos Santos

Ministério do Planejamento
CLIQUE PARA RECEBER O LIVRO (PDF)

marcha das margaridas agosto 2023

Estudo: Elas que Lutam

CLIQUE PARA BAIXAR

ELAS QUE LUTAM - As mulheres e a sustentação da vida na pandemia é um estudo inicial
sobre as ações de solidariedade e cuidado lideradas pelas mulheres durante esta longa pandemia.

legalizar aborto

Artigos do Cfemea

Congresso: feministas mapeiam o conservadorismo

Pesquisa aponta: só mobilização pode superar conservadorismo do Congresso. Lá, 40% alinham-se ao “panico moral”; 57% evitam discutir aborto; 20% são contra atendimento às vítimas e apenas um em cada cinco defende valores progressistas

Eleições: O “feminismo” de fundamentalistas e oligarcas

Candidaturas femininas crescem no país, até em partidos conservadores. Se o atributo de gênero perde marcas pejorativas, desponta a tentativa de passar ao eleitorado uma receita morna de “defesa das mulheres” – bem ao gosto do patriarcado

A pandemia, o cuidado, o que foi e o que será

Os afetos e o cuidar de si e dos outros não são lugar de submissão das mulheres, mas chave para novas lutas e processos emancipatórios. Diante do horror bolsonarista, sangue frio e coração quente são essenciais para enfrentar incertezas, ...

Como foi viver uma Campanha Eleitoral

ataques internet ilustracao stephanie polloNessa fase de campanha eleitoral, vale a pena ler de novo o artigo que Iáris Cortês escreveu uns anos atrás sobre nossa participação em um processo eleitoral

Dezesseis anos da Lei 11.340, de 07/08/2006, Lei Maria da Penha adolescente relembrando sua gestação, parto e criação

violencia contra mulherNossa Lei Maria da Penha, está no auge de sua adolescência e, se hoje é capaz de decidir muitas coisas sobre si mesma, não deve nunca esquecer o esforço de suas antepassadas para que chegasse a este marco.

Como o voto feminino pode derrubar Bolsonaro

eleicoes feminismo ilustracao Thiago Fagundes Agencia CamaraPesquisas mostram: maioria das mulheres rechaça a masculinidade agressiva do presidente. Já não o veem como antissistema. Querem respostas concretas para a crise. Saúde e avanço da fome são suas principais preocupações. Serão decisivas em outubro. (Ilustração ...

Direito ao aborto: “A mulher não é um hospedeiro”

feministas foto jornal da uspNa contramão da América do Sul, onde as mulheres avançam no direito ao próprio corpo, sociedade brasileira parece paralisada. Enquanto isso, proliferam projetos retrógrados no Congresso e ações criminosas do governo federal

As mulheres negras diante das violências do patriarcado

mulheres negras1Elas concentram as tarefas de cuidados e são as principais vítimas de agressões e feminicídios. Seus filhos morrem de violência policial. Mas, através do feminismo, apostam: organizando podemos desorganizar a ordem vigente

Balanço da ação feminista em tempos de pandemia

feminismo2Ativistas relatam: pandemia exigiu reorganização política. Mas, apesar do isolamento, redes solidárias foram construídas – e o autocuidado tornou-se essencial. Agora, novo embate: defender o direito das mulheres nas eleições de 2022

Sobre meninas, violência e o direito ao aborto

CriancaNaoEMae DivulgacaoProjetemosO mesmo Estado que punir e prendeu com rapidez a adolescente de João Pessoa fechou os olhos para as violências que ela sofreu ao longo dos anos; e, ao não permitir que realizasse um aborto, obrigou-a a ser mãe aos 10 anos

nosso voto2

...