Produção do Brasil de Fato teve apoio da Artigo 19 e do Comitê Brasileiro de Defensoras e Defensores de Direitos Humanos

CFEMEA*

De um lado, comunidades tradicionais enfrentando seca em área cercada por eucalipto no Norte de Minas Gerais. Do outro, grandes empresas que avançam sobre as comunidades tradicionais e expandem, cada vez mais, o monocultivo de pinus e eucalipto: esse é o cenário do Território Tradicional Geraizeiro de Vale das Cancelas, localizado a cerca de 150 quilômetros de Montes Claros. No local vivem comunidades tradicionais há pelo menos 200 anos.

As tensões desse cenário foram registradas no documentário "Gerais Encurralado", realizado pelo Brasil de Fato com apoio do Comitê Brasileiro de Defensoras e Defensores de Direitos Humanos, além das organizações Artigo 19, Comissão Pastoral da Terra, Coletivo Margarida Alves e Nosso Lar. O documentário acompanha uma reportagem especial produzida pelas jornalistas Carol Oliveira, Carol Caldeira; as imagens são do jornalista Vitor Shimomura.


Acesse AQUI a reportagem especial. 

Pressão destrutiva da monocultura 

A paisagem poderia parecer bela, não fossem os impactos causados: erosão do solo, redução da biodiversidade, contaminação por agrotóxicos nos arredores e perda de qualidade do solo. As reivindicações das comunidades para barrar o avanço destrutivo seguem ignoradas pelo estado, como se não existissem no território ancestral que ocupam há pelo menos 200 anos. Os povos tradicionais dos Gerais – termo usado para designar o Cerrado – relatam que os episódios de intimidação são recorrentes. 

“Aqui era um aguão. Secaram tudo pelo desmatamento, para plantar pinus, esses ‘trens’ deles lá, para ser bom para eles”. Os “trens” aos quais dona Eurica Gomes Pestana se refere são as plantações de pinus e eucalipto que cercam o Território Tradicional. “Eles”, no caso, são as empresas que avançam sobre as comunidades tradicionais desde a década de 1970 e expandem, cada vez mais, o monocultivo das espécies que são amplamente utilizadas nas indústrias de papel e celulose e da construção civil.

O Brasil de Fato retornou ao local 3 anos depois da última visita para ouvir geraizeiros e geraizeiras que hoje convivem com a insegurança sobre sua permanência naquele lugar.

Assista o documentário completo:

*Com informações do Comitê Brasileiro de Defensoras e Defensores de Direitos Humanos


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