Cacique do Pará recebe prêmio por empreender e conservar na Amazônia Katia Silene Tonkyre é líder da aldeia Akratikatejé, no Pará Abrir o campo de busca © IICA/Facebook Geral Publicado em 29/01/2024 - 17:49 Por Agência Brasil - Brasília ouvir: O Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) vai premiar a indígena Katia Silene Tonkyre, cacique da aldeia Akratikatejé (PA), por suas iniciativas de organização e empenho para empreender, coletar e produzir e, ao mesmo tempo, educar e conscientizar sobre a importância da conservação e da proteção do meio ambiente na Amazônia. O prêmio deverá ser entregue em abril, em evento na Costa Rica, sede do IICA. Líder de uma aldeia na qual vivem 85 indígenas de 23 famílias da etnia Gavião da Montanha, dedicadas principalmente à coleta, produção e venda de castanhas e de pescado, mel e frutas, Katia receberá o prêmio A Alma da Ruralidade, além de ser convidada pelo IICA a participar de diversas instâncias consultivas do organismo especializado em desenvolvimento agropecuário e rural. “Trata-se de um reconhecimento aos que cumprem um duplo papel insubstituível: ser avalistas da segurança alimentar e nutricional e, ao mesmo tempo, guardiões da biodiversidade do planeta pela produção em qualquer circunstância. O reconhecimento também tem a função de destacar a capacidade de promover exemplos positivos para as zonas rurais”, disse o diretor-geral do IICA, Manuel Otero. No âmbito do programa Líderes da Ruralidade, o IICA trabalha para que o reconhecimento facilite a criação de vínculos com organismos oficiais, da sociedade civil e do setor privado para obter apoio para suas causas. Katia Silene Tonkyre é a primeira mulher cacique da aldeia Akratikatejé, situada no Pará, na região norte do Brasil. É filha do respeitado cacique Payaré, um lutador pelos direitos dos indígenas já falecido, que implantou na aldeia o conceito de empreendedorismo e de produzir sem agredir a natureza, beneficiando a comunidade com a organização, a coleta e a produção de castanhas, maracujá, açaí, cacau, cupuaçu e outras frutas amazônicas, além de mel, animais e criação de peixes, o que gera empregos e receitas. Katia continuou e aperfeiçoou esse legado, ampliando-o para a realização de parcerias e de ações que contribuíram para o bem-estar da comunidade. “Eu não concordo quando alguém diz que é necessário destruir a floresta para criar gado ou investir em soja. Nós queremos alcançar um projeto sustentável e queremos crescer, mas não destruindo a natureza. Nós valorizamos os nossos produtos. Não é necessário destruir. É possível conciliar as duas coisas, fazer o projeto e manter a floresta em pé, utilizá-la. A floresta nos dá uma farmácia verde e rica, temos os nossos animais e temos a nossa floresta”, diz Katia. “A natureza, a floresta, somos nós. Nós somos a Amazônia, nós somos a floresta. Quando uma árvore morre, morre uma parte de nós, pois somos as raízes dessa floresta. E a castanha é o nosso ouro; também temos açaí, cacau e peixes, e agregamos valor à nossa produção sem agredir a natureza”, contou a cacique. Edição: Juliana Andrade fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2024-01/cacique-do-para-recebe-premio-por-empreender-e-conservar-na-amazonia Leia também ... Indígenas Assista aqui o documentário *Mapear Mundos* 24-06-2025 290 Indígenas Sonia Guajajara é a primeira indígena doutora honoris causa da Uerj 29-05-2025 594 Indígenas Em sessão que homenageia ATL na Câmara, indígenas cobram freio à violência 08-04-2025 1246 Indígenas Mais de 6 mil indígenas participam do Acampamento Terra Livre em Brasília a partir desta segunda (7) 07-04-2025 1362 Indígenas Programa Mulheres Indígenas: Tecendo o Bem Viver contempla 13 iniciativas em edital 14-03-2025 1541 Indígenas Participe da Audiência Pública JUSTIÇA PARA DAIANA KAINGANG 06-02-2025 1689 Anterior Próxima
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