Quase lá: Feministas de todo o Brasil marcham pelas ruas de Natal na luta por soberania popular e sobre os corpos das mulheres

Ir para os territórios e organizar cada vez mais mulheres no movimento feminista é uma tarefa com a qual muitas militantes disseram voltar para casa.

Por Coletivo de Comunicadoras - MMM

Por soberania popular e sobre seus corpos, mais de mil marchantes caminharam pelas ruas da capital potiguar nesta segunda-feira (8), batucando, cantando, carregando faixas e bandeiras, reivindicando a transformação do mundo e da vida das mulheres. O ato compõe a programação do 3º Encontro Nacional da Marcha Mundial das Mulheres (MMM) “Nalu Faria”, que teve início no sábado (6) e será encerrado nesta terça-feira (9). O ato público foi construído em aliança com outros organizações populares, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG) e a Central de Movimentos Populares (CMP). O Movimento da Mulher Trabalhadora Rural (MMRT) também participou do ato coletivo.

Crédito das fotos: Luana Tayze

A rebeldia feminista e popular fortalecida durante o encontro e no ato vai com as mulheres de volta para os seus territórios. As participantes são de cerca de 20 estados diferentes. “Uma das coisas que me inspiraram mais aqui foi o momento da primeira batucada das mulheres. Me fez perceber que as mulheres organizadas podem desfazer qualquer coisa no mundo, transformá-lo. Então, eu acho que eu vou levar daqui é mais inspiração pra organizar as mulheres e trazer as mulheres para o feminismo popular”, disse Gabriela Nascimento, que veio do Pará. 

A rebeldia feminista e popular fortalecida durante o encontro e no ato vai com as mulheres de volta para os seus territórios. As participantes são de cerca de 20 estados diferentes. “Uma das coisas que me inspiraram mais aqui foi o momento da primeira batucada das mulheres. Me fez perceber que as mulheres organizadas podem desfazer qualquer coisa no mundo, transformá-lo. Então, eu acho que eu vou levar daqui é mais inspiração pra organizar as mulheres e trazer as mulheres para o feminismo popular”, disse Gabriela Nascimento, que veio do Pará. 

Ir para os territórios e organizar cada vez mais mulheres no movimento feminista é uma tarefa com a qual muitas militantes disseram voltar para casa. “Foi valioso demais, porque eu aprendi muito. Vou poder chegar lá e poder ajudar minhas companheiras que não participaram do que eu participei. Estou muito feliz!”, dividiu Ana Gomes, de Minas Gerais. No mesmo sentido, Salene Leite, da Paraíba, compartilhou seu depoimento: “Essa marcha está sendo um uma volta à nossa luta, à nossa incansável disputa pela vida. Eu estou aqui porque eu estou lutando pelas que virão depois de mim. A minha luta é por elas e por todas nós que estamos aqui”.

Leopoldina Lavor, da MMM Ceará, participa de um encontro nacional da MMM pela primeira vez e falou da importância do evento e do ato realizado nas ruas de Natal (RN). “Eu acho que é importante a gente estar aqui, porque estamos em uma conjuntura de avanço da extrema direita, do conservadorismo, da criminalização do feminismo (…). Estamos aqui com a Marcha Mundial das Mulheres nas ruas, mostrando o feminismo que a gente defende, né?”, afirmou a militante.

O ato também contou com as presenças de representantes da Marcha Internacional que estão participando do encontro. Alejandra Laprea, da MMM da Venezuela e representante da região Américas no Comitê Internacional (CI) da Marcha, afirmou não ter palavras para expressar a alegria de acompanhar a mobilização das feministas brasileiras. “Não há palavras para falar da alegria de ver que sim, é possível ter um movimento grande de mulheres, feministas, que constroem uma organização suficientemente estruturada, porém também suficientemente flexível para enfrentar os novos desafios que se apresentam em um contexto tão complexo como o do nosso continente”, avaliou a companheira. 

Pinar Yüksek, que atua no Secretariado Internacional da MMM, em Ankara, na Turquia, também se disse encantada com a mobilização das mulheres brasileiras. Pinar contou ao Coletivo de Comunicadoras que ficou positivamente impressionada com a organização do encontro e do ato, bem como com a alegria irreverente das militantes da marcha. A companheira falou também das semelhanças que vê entre as conjunturas brasileira e turca, contextos nos quais há um crescimento da extrema direita, o que reafirma a importância de um feminismo que seja anticapitalista e internacionalista. 

Nesta terça-feira (9), acontecem as últimas atividades do Encontro Nacional, no qual o movimento atualiza seus eixos políticos. O evento também serviu para elaboração coletiva acerca da 6ª Ação Internacional da Marcha Mundial das Mulheres, que será realizada em 2025. As ações internacionais funcionam como momentos de construção de sínteses programáticas e de reafirmação do internacionalismo, princípio de atuação da MMM. No mundo todo, as mulheres promovem jornadas de luta que conectam realidades locais aos cenários nacionais e internacional, tendo a solidariedade como prática permanente.

O 3º Encontro Nacional “Nalu Faria” continua até o final desta terça-feira (9). Confira qual foi a programação completa AQUI e acompanhe a cobertura do evento pela página e redes sociais do movimento.

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fonte: https://www.marchamundialdasmulheres.org.br/feministas-de-todo-o-brasil-marcham-pelas-ruas-de-natal-na-luta-por-soberania-popular-e-sobre-os-corpos-das-mulheres/

 

Organização da Marcha Mundial das Mulheres é discutida na manhã do último dia de encontro nacional

Por Coletivo de Comunicadoras MMM

Esta terça-feira (9) é o último dia do 3º Encontro Nacional da Marcha Mundial das Mulheres (MMM) “Nalu Faria”, realizado em Natal (RN), entre 6 e 9 de julho de 2024. A última manhã do evento teve início com uma discussão coletiva sobre a organização do movimento. O debate dá continuidade aos diálogos realizados na manhã da segunda-feira (8), quando uma mesa sobre os princípios organizativos do movimento antecedeu um debate, realizado em cinco grupos, sobre a organicidade da marcha.

A mesa “Organização da Marcha Mundial” foi conduzida por Gabriele Sousa, do Rio Grande do Norte, e Miriam Nobre, de São Paulo. A socialização das discussões respondeu à pergunta: “Como as experiências organizativas da MMM nos territórios são capazes de responder à conjuntura?”

Foram compartilhadas diversas experiências de organização da Marcha nos estados como o chamado “café com feminismo”, as cozinhas solidárias, hortas coletivas, feiras, entre outras. Em todos os grupos, as militantes destacaram, principalmente, a força das ações permanentes para enfrentar os governos autoritários em nível local, estadual e nacional.

Foi citada a importância do fortalecimento da economia solidária e agroecologia, vistas como alternativas reais e possíveis que as mulheres constroem no dia a dia como respostas concretas ao sistema capitalista. Conversou-se sobre a batucada feminista como instrumento formativo para o feminismo, que eco as lutas das mulheres. Também foi apontada a necessidade de realizar mais encontros presenciais para debate de conjuntura, para formação e socialização. Além disso, falou-se da ampliação da experiência do Coletivo de Comunicadoras da MMM nos estados. Por fim, reforçou-se a importância da atuação nas bases, com uma agenda de transformação da sociedade, sempre em solidariedade e articulação internacionalista e em aliança com movimentos parceiros.

Ao final da discussão, foram chamadas ao palco as mulheres que compõem a Executiva nacional da marcha, e representantes da MMM internacional. Alejandra Laprea, da Marcha Mundial da Venezuela e representante da região Américas no Comitê Internacional (CI) do movimento, falou em nome do CI: “Temos um inimigo em comum: o capitalismo patriarcal colonialista imperialista e racista, e para enfrentá-lo, precisamos caminhar juntas porque juntas somos invencíveis”. 

Crédito das fotos: Aline Teodoro

É assim que as mulheres vão encerrando o 3º Encontro Nacional “Nalu Faria”: organizadas, fortalecidas, dando seguimento à marcha feminista. 

O Encontro Nacional termina na tarde desta terça-feira (9). Confira como foi a programação completa AQUI e acompanhe a cobertura do evento pela página e redes sociais do movimento.

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fonte: https://www.marchamundialdasmulheres.org.br/organizacao-da-marcha-mundial-das-mulheres-e-discutida-na-manha-do-ultimo-dia-de-encontro-nacional/

 


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