Deputada eleita foi escolhida para chefiar a pasta que será criada no novo governo
A deputada federal eleita Sonia Guajajara (PSOL) foi escolhida para ser a primeira ministra dos Povos Indígenas no governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O anúncio deve ser feito nos próximos dias.
Em Brasília depois de passar o Natal em sua aldeia, Guajajara foi uma das três pessoas sugerias pela Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil) para assumir a pasta.
Com a deputada federal não reeleita, Joenia Wapichana (Rede-RR), e o vereador de Caucaia-CE, Weibe Tapeba (PT), como opções, a definição do nome de Guajajara demorou mais que o previsto em razão da incerteza acerca do formato que o futuro ministério teria.
Durante a Transição, Lula chegou a cogitar a criação de uma secretaria especial ao invés de um ministério, mas a possibilidade foi duramente criticada por lideranças indígenas.
A escolha de Guajajara para o ministério desfalcará a bancada indígena no Congresso. Sem a presença de Joênia Wapichana (Rede-RR) na próxima legislatura, apenas Célia Xakriabá (PSOL-MG) será diretamente ligada ao movimento indígena na Câmara.
fonte: https://atarde.com.br/politica/sonia-guajajara-sera-a-primeira-ministra-dos-povos-indigenas-1215272
Deputada eleita Sonia Guajajara será ministra dos Povos Indígenas
Guajajara foi escolhida entre três nomes indicados ao presidente Lula pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib)
Publicado 28/12/2022 - 07h47
Ela passou o Natal em sua aldeia e chegou nessa terça-feira (27) a Brasília, onde será convidada formalmente por Lula, provavelmente em um encontro pessoal — já houve conversas por telefone e ela aceitará o cargo.
Na lista de cotados também estavam Joênia Wapichana, deputada federal não reeleita da Rede de Roraima, e o vereador de Caucaia (CE) Weibe Tapeba (PT).
O anúncio oficial deve ser feito por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nos próximos dias, junto com o restante dos escolhidos para ocupar a Esplanada. A escolha de Sonia Guajajara foi antecipada pela Folha de S.Paulo.
O futuro ministério abrigará a Fundação Nacional do Índio (Funai) e pode funcionar com o seu orçamento em um primeiro momento. A transferência da fundação, que hoje está sob o Ministério da Justiça, para os Povos Indígenas, foi um dos entraves para a formulação do organograma da pasta, uma vez que há questões burocráticas que precisam ser resolvidas para funcionar.
Por exemplo, por lei, demarcações de terra, que são de incumbência da Funai, precisam passar pela Justiça para serem homologadas. Já a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), um dos órgãos com maior verba dentro da política indígena, deverá seguir com o Ministério da Saúde.
O argumento é que, em primeiro lugar, uma mudança drástica em todas as instâncias da política indígena neste momento pode atrapalhar a operação de algumas áreas importantes —como no caso da saúde.
Ao mesmo tempo, o movimento indígena entende que é importante ter capilaridade dentro do governo federal, ou seja, ter espaço também em outras pastas e não só na dos Povos Indígenas. Nesse sentido, a reivindicação é de que também a chefia de outros órgãos, como a Sesai ou a secretaria responsável pela educação indígena, seja ocupada por lideranças indígenas ou pessoas indicadas por elas.
Ativista conhecida internacionalmente, Guajajara despontou como a favorita para assumir a pasta nas últimas semanas.
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Ela foi eleita deputada federal pela primeira vez na eleição deste ano, em que disputou por São Paulo, e não pelo Maranhão, onde nasceu. A explicação é que o estado paulista tem direito a mais deputados na Câmara e é uma região onde ela teria um potencial de votos maior que em sua terra natal, em razão do maior colégio eleitoral.
Com informações da Folha de S.Paulo