Quase lá: Sociedade civil denuncia violência em evento internacional

Realizado online, na manhã do dia 06 de outubro, o evento Crimes Atrozes no Brasil reuniu ativistas e defensores(as) dos direitos humanos nacionais e internacionais em mais uma etapa no processo de diálogo entre a sociedade brasileira e o Escritório das Nações Unidas para a Prevenção do Genocídio e a Responsabilidade de Proteger.

Ibase

Realizado online, na manhã do dia 06 de outubro, o evento Crimes Atrozes no Brasil reuniu ativistas e defensores(as) dos direitos humanos nacionais e internacionais em mais uma etapa no processo de diálogo entre a sociedade brasileira e o Escritório das Nações Unidas para a Prevenção do Genocídio e a Responsabilidade de Proteger.  

 

Recebida na sede do Ibase, parceiro na organização do encontro, Sandra Gomes, do Grupo de Mães do Jacarezinho, fez o relato sobre a morte de seu filho Matheus Gomes –   assassinado há 1 ano e 5 meses, em uma chacina que vitimou mais vinte e sete  homens. “Ele tinha 21 anos, nenhuma passagem pela polícia, e foi morto com dois tiros de fuzil pelas costas. Quatro meses após a morte do Matheus, a polícia me afrontou de forma violenta, me chamando de útero de fazer marginal, produtora de vagabunda. Foi a partir desse momento, que eu resolvi levantar porque eu precisava sair desse cenário que o estado me colocou. Meu filho não tinha feito nada, mas eles sentenciaram a sua morte, e hoje o Estado diz que meu filho foi vítima de bala perdida. Isso é fruto de uma política genocida que mata preto, pobre e favelado”, relembrou. 

Apesar da violência e ameaça permanentes, Sandra afirma que irá continuar a ajudar outras mães a não se calarem também. Segundo a representante do Grupo de Mães do Jacarezinho, “dos 27 mortos, apenas uma ação penal continua em curso; os outros tiveram seus casos arquivados pela Justiça”.   

Outra participação emblemática foi a de Alessandra Munduruku, liderança indígena do Pará, que trouxe ao evento reflexões sobre o contexto de violência contra os povos originários e a ausência de visibilidade pelo assunto. Alessandra, assim como outros participantes, enfatizou o quanto a situação no Brasil piorou nestes últimos quatro anos – justamente o período em que o atual presidente Jair Bolsonaro está no poder.   

Representando a Abong e também como diretor do Ibase, Athayde Motta, solidarizou-se com os depoimentos corajosos das duas ativistas e reiterou a importância da visita oficial do Escritório das Nações Unidas para a Prevenção do Genocídio, programada para 2023, conforme solicitado pelas organizações e articulações envolvidas no encontro. “Estamos vivemos num estado com as políticas de extrema direita superviolentas em vários aspectos. Não podemos esquecer que a polícia do Rio de Janeiro é a que mais mata e mais morre comparada com outros sete estados do Brasil” – destacou. 

 

fonte: https://ibase.br/2022/10/06/sociedade-civil-denuncia-violencia-em-evento-internacional/noticias/

 


Artigos do CFEMEA

Coloque seu email em nossa lista

lia zanotta4
CLIQUE E LEIA:

Lia Zanotta

A maternidade desejada é a única possibilidade de aquietar corações e mentes. A maternidade desejada depende de circunstâncias e momentos e se dá entre possibilidades e impossibilidades. Como num mundo onde se afirmam a igualdade de direitos de gênero e raça quer-se impor a maternidade obrigatória às mulheres?

ivone gebara religiosas pelos direitos

Nesses tempos de mares conturbados não há calmaria, não há possibilidade de se esconder dos conflitos, de não cair nos abismos das acusações e divisões sobretudo frente a certos problemas que a vida insiste em nos apresentar. O diálogo, a compreensão mútua, a solidariedade real, o amor ao próximo correm o risco de se tornarem palavras vazias sobretudo na boca dos que se julgam seus representantes.

Violência contra as mulheres em dados

Cfemea Perfil Parlamentar

Direitos Sexuais e Reprodutivos

logo ulf4

Logomarca NPNM

Cfemea Perfil Parlamentar

Informe sobre o monitoramento do Congresso Nacional maio-junho 2023

legalizar aborto

...