Quase lá: Rio de Janeiro debate melhorias para inserção de mulheres vítimas de violência no mercado de trabalho

Objetivo do "Novos Rumos" é promover a redução da dependência econômica e consequente autonomia financeira

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |

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Encontro ocorreu na última sexta-feira (24), na Câmara Municipal, e contou também com coletivos femininos - Flávio Marroso/Câmara do Rio

A Comissão Defesa da Mulher da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro promoveu, na última sexta-feira (24), uma reunião com representantes da Prefeitura e de movimentos sociais para discutir melhorias no projeto “Novos Rumos”, criado em 2021 pelo Poder Executivo em parceria com o Tribunal de Justiça do Estado do Rio (TJRJ) e a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Mulher.

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O projeto visa inserir mulheres vítimas de violência de gênero no mercado de trabalho formal. O objetivo é encerrar o “ciclo de violência” vivido por essas mulheres proporcionando-lhes a redução da dependência econômica e consequente autonomia financeira.

De acordo com o programa, empresas que oferecem vagas para pessoas que se encontram neste tipo de situação recebem um selo de responsabilidade social concedido pela Prefeitura.  

Durante o encontro, ficou definido que as bases do plano são sólidas, mas que é necessário olhar com mais atenção para as questões relacionadas ao orçamento e à divulgação para alcançar o público alvo.

"É fundamental que seja amplamente difundida a iniciativa, e isso precisa ser feito de maneira quase que emergencial. Acho que, em num primeiro momento, esta é a principal preposição que o nosso colegiado pode acrescentar", afirmou a vereadora Monica Benicio (Psol), presidente da comissão.

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A secretária municipal Joyce Trindade informou que grande parte das vítimas enfrentam problemas emocionais por conta dos abusos sofridos, o que torna ainda mais complicada a inserção delas nos espaços de trabalho.

"Além do desafio de inseri-las novamente no mercado, precisamos prestar tratamento psicossocial", afirmou Joyce, acrescentando que não é possível olhar apenas para os aspectos técnicos da proposta, “é preciso, também, ter um olhar humano e mais abrangente”, disse. 

O representante da Secretaria de Trabalho e Renda da Prefeitura do Rio, Everton Gomes, destacou que o programa precisa de maior efetividade, se comprometendo a atuar para que frentes, comissões e secretarias possam atuar juntos em prol da vida e do emprego de mulheres que se encontram em vulnerabilidade.

Também participaram do encontro representantes do Movimento de Mulheres Olga Benario e Casa da Mulher.

Fonte: BdF Rio de Janeiro

Edição: Eduardo Miranda

 

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