Quase lá: Indígenas Guarani-Kaiowá em Mato Grosso do Sul continuam sendo alvo de violências (de capangas do agronegócio e do Estado). Cfemea denuncia os ataques ilegais e defende mulheres indígenas

Cfemea denuncia a violência contra mulheres indígenas da Kuñangue Aty Guasu. No mês do Dia Internacional da Mulher, mulheres indígenas Kaiowá e Guarani continuam na luta por direitos humanos e demarcação de terras. Apoiamos a luta das Guarani e Kaiowá e chamamos a solidariedade de todos os povos.

A violência contra as mulheres indígenas ecoa no Brasil e no mundo! Várias são as tentativas de silenciar as vozes das Guarani e Kaiowá em Mato Grosso do Sul. 

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A prisão de Mboy Jeguá foi mais uma grave violência contra as ações de retomada dos territórios indígenas invadidos pelo agronegócio. As conselheiras Mboy Jegua, Alenir Aquino, Flávia Arino e Jaque Aranduha, e várias Nhandecys (anciãs rezadoras), são algumas das guerreiras da ancestralidade que atuam na linha de frente contra os desmandos do agropatriarcado e em defesa dos seus territórios. A maioria delas está sendo perseguida, ameaçadas, violentadas por denunciarem tamanho crime nos territórios Guarani Kaiowá. Querem silenciá-las, mas não conseguirão!

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Mboy Jegua

No início deste mês, Mboy Jeguá foi presa de forma flagrantemente ilegal e abusiva juntamente com mais dois indígenas no avanço da Retomada de Laranjeira Nhanderu no município de Rio Brilhante, em Mato Grosso Do Sul. Ela já havia feito denúncias que, devido ao avanço dos latifúndios, os indígenas estavam debilitados por beber água suja e envenenada. Ela também afirmou que, há tempos, as consequências do avanço do agro estavam acabando com a saúde da comunidade Guarani e Kaiowá de Laranjeira Nhanderu.

Nós do CFEMEA reforçamos, neste março de luta pelos direitos de todas as mulheres, o nosso compromisso feminista para decolonizar o poder e a política, eliminar todas as formas de violência e exploração patriarcal, brancocêntrica, capitalista dos povos indígenas e dos bens comuns da terra e da humanidade. 

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Lia Zanotta

A maternidade desejada é a única possibilidade de aquietar corações e mentes. A maternidade desejada depende de circunstâncias e momentos e se dá entre possibilidades e impossibilidades. Como num mundo onde se afirmam a igualdade de direitos de gênero e raça quer-se impor a maternidade obrigatória às mulheres?

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Nesses tempos de mares conturbados não há calmaria, não há possibilidade de se esconder dos conflitos, de não cair nos abismos das acusações e divisões sobretudo frente a certos problemas que a vida insiste em nos apresentar. O diálogo, a compreensão mútua, a solidariedade real, o amor ao próximo correm o risco de se tornarem palavras vazias sobretudo na boca dos que se julgam seus representantes.

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