Quase lá: Chacina do Curió: mães de vítimas fazem ato enquanto aguardam fim da votação do júri

Familiares dos réus também se reuniram em oração nesta manhã

Alexia Vieira - O Povo (Fortaleza)

Autor Alexia Vieira

Mães, familiares e amigos de vítimas da Chacina do Curió, ocorrida há oito anos na Grande Messejana, em Fortaleza, fazem um ato na frente do Fórum Clóvis Beviláqua na manhã deste sábado, 24. Dentro do Fórum, os jurados votam secretamente pela condenação ou absolvição dos réus julgados pelo crime.

Chacina do Curió: acompanhe o que aconteceu em quatro dias de júri

De mãos dadas, em círculo, os familiares pediram pelo fim da violência policial e por justiça pelo Curió. Todos os nomes das vítimas foram falados. Por fim, o grupo fez uma oração.

Do outro lado do pátio que fica em frente à entrada do Fórum, familiares de um dos réus também se reuniram para rezar pela absolvição.

A sessão foi retomada neste sábado às 10h. Depois do colegiado de juízes decidir sobre as modificações solicitadas pela defesa nos quesitos, todos saíram do salão. Às 10h35, somente os juízes, servidores, jurados, acusação e defesa continuaram no recinto para dar início à votação.

De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), a votação dos jurados pode levar horas. Todos os sete que compõem o júri devem responder os quesitos com "sim" ou "não" de forma secreta. São 360 quesitos a serem respondidos.

“São tantos porque é preciso delinear a autoria e a materialidade do crime. São muitos fatos a serem indagados. Então, cada fato desse vai ser relacionado a perguntas. Esses quesitos são perguntas feitas aos jurados, cujas respostas vão indicar se houve o crime, se foi o réu. Todas as perguntas são para que se tenha uma relação ou não dos réus com o crime”, explicou Elizabete Chagas, defensora pública geral.

Relembre as etapas do primeiro julgamento do Caso Curió

No primeiro dia de julgamento, na terça-feira, 20, os jurados foram sorteados e as primeiras testemunhas foram ouvidas. Ao todo, 19 pessoas fizeram depoimentos, incluindo vítimas sobreviventes, testemunhas de acusação e defesa. A oitiva continuou durante todo o segundo dia de julgamento, na quarta-feira, 21.

A quinta-feira, 22, foi marcada pelo depoimento dos quatro réus: Marcus Vinícius Sousa da Costa, António José de Abreu Vidal Filho, Wellington Veras Chagas e Ideraldo Amâncio.

Os policiais militares acusados negaram envolvimento na chacina e questionaram provas apresentadas no processo pelo Ministério Público do Ceará (MPCE), que atuou como acusação.

No quarto dia de júri, nessa sexta-feira, 23, a defesa e acusação debateram, apontando provas, trechos de depoimentos e do processo para os jurados. Às 20h20, a sessão foi suspensa e voltou a ocorrer a partir das 10h deste sábado.

Com informações de Jéssika Sisnando


Leia mais em: https://www.opovo.com.br/noticias/fortaleza/2023/06/24/chacina-do-curio-maes-de-vitimas-fazem-ato-enquanto-aguardam-fim-da-votacao-do-juri.html

Júri da chacina do Curió está reunido e inicia votação para decidir se PMs são culpados ou inocentes

A sessão foi retomada às 10 horas deste sábado (24)

Escrito por Messias Borges, Igor Cavalcante, Emanoela Campelo e Nícolas Paulino

SEGURANÇA
protesto
Legenda: Parentes das vítimas e integrantes de organizações de defesa dos direitos humanos fizeram um círculo na frente do Fórum
Foto: Messias Borges
 

No sexto dia consecutivo, o júri da Chacina do Curió foi retomado por volta das 10 horas já com os jurados reunidos para iniciar a votação que irá condenar ou absolver os quatro policiais militares réus no caso. A expectativa é de que o julgamento, na 1ª Vara do Júri de Fortaleza, se encerre ainda neste sábado (24), logo após a divulgação da sentença.

“O salão irá virar uma sala secreta”, anunciou o juiz presidente do colegiado. Enquanto os jurados decidem, do lado de fora, vários órgãos dos direitos humanos e familiares das vítimas do crime se reuniram, deram as mãos e homenagearam os adolescentes e jovens mortos.

 

 

 

A defensora pública geral do Ceará Elizabeth Chagas acompanhou o ato e comentou sobre a expectativa para o julgamento. A Defensoria Pública do Ceará atuou como assistente da acusação, ao lado do Ministério Público do Ceará (MPCE).

 

 
"É com tristeza que vemos toda essa situação, as mães têm um sentimento ainda de impunidade, um luto que não termina nunca e é tão necessário que se tenha respostas. Espero que hoje seja dada uma das respostas, mas ainda há muitos outros júris e também há muitas questões como a reparação necessária a essas famílias com a dor tamanha, que nada vai aplacar essa dor, mas é necessário uma responsabilização, que o Estado se responsabilize por um ato que foi ocasionado por policiais"
ELIZABETH CHAGAS
Defensora pública geral do Ceará

 

 

Familiares fazem ato enquanto júri decide sobre o caso
Legenda: Familiares fazem ato enquanto júri decide sobre o caso
Foto: Messias Borges

 

Pouco antes da votação dos jurados, o colegiado de juízes indeferiu os pedidos de impugnação das defesas dos réus. Eles tentavam retificar quesitos a serem votados pelos jurados. Entre os pedidos da defesa, estava retirar o termo “concorreu para o crime” e utilizar o verbo “participou”.

Em contrapartida, os magistrados deferiram o pedido da acusação de incluir um quesito, na votação, para os jurados decidirem se uma testemunha de defesa prestou falso testemunho ao contar uma história diferente do que disse em audiência na Vara. 

 

 

Primeiro, ele teria dito que não viu o PM Ideraldo Amâncio em casa no dia da Chacina. Mas, no julgamento, afirmou que viu.

DECISÃO

Ao todo, o júri irá responder a 365 perguntas sobre os quatro réus, que foram acusados de 18 crimes. Não há previsão de horário para a conclusão da votação.

"Hoje é a fase da quesitação, que são mais de trezentos quesitos que são indagados aos jurados. São tantos porque é preciso delinear a autoria e a materialidade do crime. São quatro réus, são muitos fatos a serem indagados, então cada fato desse vai se relacionar com perguntas. Esse esquisito são perguntas que são feitas e cuja resposta vai indicar se houve o crime, começa por aí, se houve as mortes, se foi o réu, todas as perguntas são para que se tenha uma relação ou não dos réus com o crime", explicou a defensora pública geral Elizabeth Chagas.

fonte: https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/seguranca/juri-da-chacina-do-curio-esta-reunido-e-inicia-votacao-para-decidir-se-pms-sao-culpados-ou-inocentes-1.3385027

 


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