Apresentado pelo ministro Silvio Almeida, programa tem como primeira entrevistada a secretária nacional de Promoção e Defesa Dos Direitos Humanos, Isadora Brandão; assista ao vídeo que já está disponível nos canais do MDHC nas plataformas YouTube, Spotify e Deezer
No episódio de estreia do videocast “Direitos Humanos pra Quem?”, o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, entrevista a secretária nacional de Promoção e Defesa Dos Direitos Humanos, Isadora Brandão. O programa foi publicado no início da tarde desta sexta-feira (14) nos canais do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) nas plataformas Youtube, Spotify e Deezer, tendo o ministro no comando das entrevistas.
O programa - que tem como slogan “Pra manos, minas, monas e todas as pessoas” - faz parte de uma campanha da Assessoria Especial de Comunicação Social do MDHC com o objetivo de desmistificar a ideia criada de que os “direitos humanos são somente para pessoas que cometeram crimes” e de resgatar o verdadeiro conceito dos direitos humanos.
“Nos últimos anos, vimos uma distorção acerca do significado dos direitos humanos. Nossa missão é recolocar esse tema, que é fundamental, para que possamos fazer deste país um país decente. O que vamos discutir aqui é como essa noção de direitos humanos está na vida de cada cidadão e cidadã brasileira, de como cuidar dos direitos humanos é cuidar das pessoas”, declarou o ministro no episódio. “Falar de direitos humanos é falar daquilo que é mais importante. É algo incontornável, significa que é algo que a gente não vai poder fugir se a gente quiser construir um país melhor, um país que pensa no futuro”, completou.
O resgate dos princípios fundamentais dos direitos humanos foi a tônica da primeira entrevista, que transcorreu sobre as temáticas de atuação da secretaria, como trabalho escravo e doméstico; população em situação de rua; população penitenciária e desencarceramento; e proteção dos defensores dos direitos humanos que vivem sob constante ameaça.
Na conversa, Isadora Brandão lembra que apesar da compreensão de que todos têm uma essência humana comum e direitos iguais, há um conjunto de pessoas que, por diversos fatores, ficam à margem da sociedade. “Há pessoas que, pelas condições econômicas, pelas condições sociais, pela condição de vulnerabilidade em que se encontram, elas estão totalmente invisíveis”, disse a gestora ao afirmar que um dos principais papéis da Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos é chamar a atenção para a existência das pessoas invisibilizadas.
“A gente está falando de vida, de direito a ser feliz, mas a gente também está falando de morte, porque há um grupo de pessoas em nossa sociedade que é mais vulnerável a morte violenta como crianças, adolescentes, jovens e negros que moram em bairros periféricos. E essas pessoas são tratadas como números, não como pessoas com história. Então nós estamos aqui também para disputar as narrativas a respeito das mortes dessas pessoas, para dizer que não são números, e que isso não é banal”, reforçou.
Trabalho escravo contemporâneo
Um dos temas principais da secretaria que vem recebendo grande atenção devido à quantidade de denúncias crescentes foi o trabalho escravo e doméstico - cujo número de denúncias de trabalho análogo à escravidão mais que dobrou no país nos últimos onze anos, segundo dados recentes do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
"Essa situação envolve muitas vezes condições degradantes de trabalho, jornadas exaustivas, ausência de salário. Há muitas pessoas que ainda hoje trabalham em troca de um teto, em troca de abrigo, em troca de alimento”, relatou Isadora Brandão, ao explicar que todas essas situações podem levar à caracterização do chamado trabalho escravo contemporâneo, porque são situações em que as pessoas deixam de ser consideradas enquanto pessoas.
“É por isso que a gente fala que é uma violação de direito humano, porque não se trata de mera violação à legislação trabalhista, que é. E não se trata apenas da prática de uma conduta criminosa, o que também é. Explorar o trabalho análogo à escravidão é um crime previsto pelo Código Penal brasileiro. Mas se trata essencialmente de negar a uma pessoa a possibilidade de construir de forma autônoma o seu projeto de vida”, reforçou.
O programa
Para o ministro Silvio Almeida, a campanha do MDHC pretende informar sobre o que o ministério também está fazendo. “É um dever nosso, primeiro como servidores públicos, mas também daqueles que trabalham com o tema. Porque a comunicação é um elemento fundamental de qualquer política de direitos humanos”, explicou.
Com apresentação do ministro Silvio Almeida e a presença de convidados, os primeiros programas terão a participação dos secretários do ministério que falarão sobre o trabalho de suas respectivas pastas, os projetos e as entregas já realizadas. Os próximos convidados do videocast serão artistas, influenciadores e pessoas engajadas na pauta de direitos humanos que falarão sobre suas experiências.
O videocast “Direitos Humanos pra Quem?” abordará as principais temáticas trabalhadas pelo MDHC de forma simples e didática. Com duração aproximada de 50 minutos, o programa é disponibilizado na íntegra nas plataformas Youtube, Spotify e Deezer.
Conheça a página do videocast "Direitos Humanos pra quem?"
Ficha técnica do videocast:
Apresentação: Silvio Almeida
Convidada: Isadora Brandão - secretária Nacional de Promoção e Defesa Dos Direitos Humanos
Direção: Ruy Conde, Gobah Marques
Produção: Thaline Valcácio
Fotografia e edição: Gobah Marques
Roteiro: Nathalia Caeiro
Arte visual: Daniel Neves
Animação: Kelson Neres, Vavá Júnior
Idealizado por: Assessoria Especial de Comunicação Social do MDHC
Texto: R.L.
Edição: P.V.C.
Revisão: A.O.
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