Amanda Teixeira, 36 anos, é servidora de carreira da Senappen e assumiu a direção da Penitenciária Federal em Brasília (PFBRA)
A Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) nomeou, na quinta-feira (4/5), a primeira mulher a assumir a direção de uma Penitenciária Federal. Amanda Teixeira, 36 anos, é servidora de carreira da Senappen e tem seis anos de experiência na execução penal federal. Ela assumiu a direção da Penitenciária Federal em Brasília (PFBRA).
A policial conta com currículo extenso na área de segurança penitenciária, além de experiência em gestão dentro e fora do órgão. Graduada em Ciências Sociais e Segurança Pública, a diretora Amanda se junta ao time de mulheres que ocupam cargos de grande relevância no governo federal — 31% das pessoas no primeiro escalão são mulheres.
Para Cristiano Torquato, diretor do Sistema Penitenciário Federal, “a nomeação da primeira mulher diretora de uma penitenciária federal, representa a consolidação de um caminho de inclusão e acolhimento às mulheres que o Sistema vem trilhado”. Segundo ele, a presença feminina da direção da penitenciária federal é um reconhecimento a todas as mulheres que compõem a pasta.
Ao longo dos 17 anos de história, o Sistema Penitenciário Federal se tornou referência no combate ao crime organizado. Nas cinco Penitenciárias Federais que compõem o Sistema, nunca se registrou rebelião, fugas ou entrada de aparelhos celulares.
Conhecidas por custodiarem os presos mais perigosos do país, elas são mantidas por servidores de carreira: policiais penais federais, especialistas e técnicos em execução penal. Os cargos de direção das penitenciárias federais são de ocupação exclusiva de servidores da carreira e fazem parte do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Para Amanda, “o desafio profissional é ainda mais significativo por ter o simbolismo da representação das mulheres”. Cabe à direção de Penitenciária Federal fazer a gestão estratégica da unidade de custódia que abriga presos de perfil específico, como os que apresentam risco aos estados, os que já organizaram rebeliões ou que são líderes de facções criminosas.
“A participação das mulheres nos órgãos de segurança pública aumentou nos últimos anos em todo o país, o SPF vem acompanhando esse crescimento e assegurando postos de destaque a estas valorosas profissionais” conclui Torquato.